domingo, 22 de agosto de 2010

Patologias da Gestação

DHEG – Doença Hipertensiva Específica da Gestação
Definida como uma manifestação clínica, resultante do aumento dos níveis pressóricos (pressão arterial) na gestante. A partir da 20° semana de gestação, desaparecendo ate seis semanas após o parto.
Considera hipertensão na gravidez a constatação de uma pressão arterial de 140/90mmHg ou um aumento de 30mmHg na pressão sistólica e 15mmHg na pressão diastólica.
No Brasil é a primeira causa de morte materna e perinatal. Incidência de 5 a 10% das gestantes.
Fatores de Risco
• Primeira Gestação (primigesta)
• Gestação na adolescência
• Gestante maior de 35 anos
• Obesidade
• Raça Negra
• Doenças previas da gestação ( HAS, Diabetes, doenças renais e lúpus)
• Historia de Familiares com eclampsia ou pré-eclâmpsia
• Ter apresentado pré-eclâmpsia na gestação anterior
• Gestação Gemelar (gêmeos)
• Gestação com parceiros diferentes
• Gestante com aumento da massa trofoblástica
• Má adaptação circulatória
• Uso de anticoncepcional de barreira
• Aborto Prévio
• Ganho exessivo de peso

Diagnóstico
O diagnóstico é clínico e laboratorial realizado durante as visitas do pré-natal com medidas da pressão arterial.
Durante o exame clínico deve-se avaliar a pressão arterial, presença de edema generalizado, aumento de peso acima de 1Kg por semana e proteinúria com valores iguais ou maiores de 300mg na urina coletados durante 24h.
Em gestantes que apresentarem níveis elevados da pressão arterial antes 20° semana ou mesmo ainda antes do inicio da gravidez devem ser diagnosticada com portadora de HAS (Hipertensão arterial sistêmica)
Testes complementares são realizados para permitir um melhor diagnóstico ou prever o aparecimento de DHEG.
• Teste de hipertensão supina: o exame é positivo quando passamos a paciente de decúbito lateral para o dorsal e pressão arterial diastólica eleva no mínimo 20mmHg.
• Exame do fundo-dos-olhos: nos casos graves da doença há edema de pupila, exsudatos em flocos de algodão, hemorragias e edema sub-retiniano podendo deslocar a retina.


Tratamento Medicamentoso
A cura da DHEG só ocorre após a retirada da placenta, a conduta clínica depende da gravidade da doença e a idade gestacional.
O tratamento com anti-hipertensivos só deve ser utilizada em situações graves, pois põe o feto em risco de óbito e restrição de crescimento devido a diminuição do fluxo sanguíneo placentário.
A droga de escolha para prevenção da eclampsia é o sulfato de magnésio, único fármaco com comprovados efeitos preventivos as convulsões da DHEG. O tratamento com sulfato de magnésio deve ser utilizados durante o trabalho de parto sempre que existir sinais de iminência de eclampsia. Como a grande maioria das convulsões ocorre ate 24h após o parto, a terapia deve ser mantida por esse período.
Tratamento Fisioterapêutico
O programa fisioterapêutico deve ser individual com base no diagnóstico e gravidade da DHEG, em suas limitações e avaliação. A fisioterapia vai atuar nos casos de pré-eclâmpsia leve e moderada, orientando as pacientes quanto ao posicionamento, exercícios respiratórios, alongamentos, tratar edemas, mobilizações de cintura escapular e pélvica, exercícios ativos que devem ser lentos, homogêneos e simples, devendo requerer o mínimo de esforço, técnicas de relaxamento e hidroterapia.

Complicações
Materna: Insuficiência renal; edema pulmonar; síndrome de HELLP; coagulação intravascular disseminada; hemorragia cerebral (AVE); psicose; óbito materno.
Feto: Aborto; prematuridade; retardo no crescimento intra-uterino; óbito fetal.

Diagnóstico Diferencial entre DHEG e HAS crônica.














Fisioterapeuta Vivian C.S. Pimenta
CREFITO9 2607-LTT-F

domingo, 1 de agosto de 2010

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