terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fisioterapia na Saúde da Mulher

Carboxiterapia

A Carboxiterapia caracteriza por ser um método novo, promissor no tratamento de disfunções estéticas, é definida como administração terapêutica do anidro carbônico (gás carbônico) através de injeção hipodérmica no tecido subcutâneo diretamente nas áreas afetadas.
O gás carbônico é um gás inodoro, incolor, e atóxico que é produzido diretamente do metabolismo celular, portanto sua aplicação correta produz mínimo efeito e não promove toxidade para o organismo.
O mecanismo de ação do CO2 é na microcirculação vascular do tecido conectivo, a infusão subcutânea de CO2 promove vasodilatação, levando um aumento da circulação com consequente aumento da oxigenação local, acelera o metabolismo que promove um aumento na queima de gordura, estimulando a produção de fibras de colágeno (principal molécula constituinte da pele, sua função é sustentação) e acelera o processo de cicatrização.
A Carboxiterapia promove também alterações estruturais na microcirculação, como a neoformação de pequenos vasos sanguíneos e aumento do calibre vascular levando a um aumento do fluxo sanguíneo local mais duradouro auxiliando o retorno venoso e diminuindo o edema.
Outro efeito bastante citado é a diminuição da afinidade da hemoglobina pelo O2, que leva uma maior disponibilidade de O2 as demais células estimulando o metabolismo dos tecidos da região tratada.
Todos esses efeitos, em comum, aumentam a queima de gordura local.
Aplicações Clínicas
O fluxo e o volume de gás infiltrado são controlados com equipamentos apropriados.

A Carboxiterapia é indicada em casos de:
• Celulite (Fibro Edema Gelóide)
• Flacidez
• Gordura Localizada
• Estrias e Cicatrizes

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Auto-exame das mamas

Fisioterapia na Saúde da Mulher

Câncer de Mama

O câncer de mama é considerada uma doença complexa a nível genético. O CA de mama hereditário (Familiares) aparece mais precoce que os casos espóradicos (não familiares). Acredita-se que 90%-95% seja esporadicos e decorram de mutações somáticas que verificam durante a vida, e que 5%-10% são hereditários, devido a herança genética, que conferem a essas mulheres suscetibilidade ao câncer de mama.

Incidência
Tem visto um aumento significativo de novos casos de Ca de mama no mundo, com 1 milhão a cada ano. É a neoplasia maligna mais comum nas mulheres em geral e compreende 18% dos casos de câncer em mulheres. No Brasil, o CA de mama ocupa o primeiro lugar de mortalidade entre os tipos de câncer em geral, sendo o maior causador de morte entre as mulheres. O câncer de mama é o resultado da interação de fatores genéticos com estilo de vida, hábitos reprodutivos e meio ambiente.
Fatores de Risco
• Mãe ou irmã com câncer de mama na pré menopausa. Entretanto, não ha risco significativo em mulheres cuja mãe ou irmã tiveram câncer de mama após a menopausa.
• Mulheres com historia de câncer possuem aproximadamente 50% de desenvolverem câncer de mama ou desenvolverem câncer na mama contralateral.
• Nuliparidade, mulheres que não tiveram nenhuma gestação. Menarca precoce (menor ou igual a 12), menstruarão. Menopausa Tardia (maior ou igual a 55). Sedentarismo, Obesidade, Ingestão excessiva de bebida alcoólica e gorduras.

Fatores que Norteiam o Prognóstico
Acometimento dos linfonodos axilares: o acometimento de quadro ou mais linfonodos indica mau prognóstico.
Tamanho do Tumoral: relacionado ao envolvimento axilar e a menores índice de sobrevida.
Contorno do Tumor: ou margem do tumor está relacionado a sua capacidade invasora.
Tipo Histológico: os tumores de melhor prognóstico são os não invasivos (in situ).
Invasão Vascular: a invasão nos vasos sanguineos são de prognóstico ruim.
Receptores Hormonais: tumores com receptores hormonais positivos são mais diferenciados e apresentam melhor prognóstico.
Medidas da Proliferação Tumoral: são importantes para medir a capacidade de crescimento do tumor.
Idade: Pacientes jovens apresentam maior incidência de tumores de mal prognóstico.
Grau Histológico: GI: bem diferenciado; GII: moderadamente diferenciado; GIII: indiferenciado.

Auto-Exame: É importante, pois pode indentificar o tumor precocemente e evitar risco indesejaveis. O ideal é realizar a cada dois ou três meses, a partir dos 20 anos de idade, Trata-se de um exame simples, indolor erequer poucos minutos.


CASO CLÍNICO
O aparecimento do tumor é o principal sintoma da doença, também a queixa principal, em 70% dos casos é descoberto casualmente pela própria mulher. A dor é incomum, entre 5 e 10%. O relato de fluxo espontâneo ou hemorrágico, embora raro, é preocupante e requer investigação. Os derrames de baixo risco em geral são bilaterais, multipóricos leitosos e/ou esverdeados, já os de alto risco são unilaterais ou oligopólio, sanguinolentos ou aquosos. Outros sintomas como ingurgitamento localizado, retração, edema, ulceração da pele, adenomegalia axilar, embora menos usuais, são por igual relevantes.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico e realizado com bases do exame clinico e exames de imagem, são eles: Mamografia é o principal exame para diagnosticar alterações da mama. Ultrassonografia é utilizada para complementar a mamografia, vendo senda mais empregado pelos médicos. A Tomografia e Ressonância Magnética são úteis para o diagnóstico precoce de metástases clínicas. Punção aspirativa com agulha fina e citologia aspirativa, a punção é considerada hoje como importante método propedêutico complementar e, a citologia, de grande valor preditivo de malignidade em pacientes com nódulo. Biópsia, trata-se de procedimento invasivo que visa a remoção parcial ou total,permitindo assim, estudar a histopatológica e os fatores prognósticos.

TRATAMENTO

O tratamento para o câncer de mama deve ser ministrado por uma equipe multidisciplinar visando o tratamento integral da paciente. As modalidades terapêuticas são a cirurgia e a radioterapia para tratamento loco-regional e a quimioterapia e a hormonioterapia para tratamento sistêmico.

Tratamento Fisioterapêutico
No câncer de mama a fisioterapia tem como objetivos essenciais à otimização do resultado estético. Minimiza as tensões emocionais que possam comprometer a participação ativa as paciente na fisioterapia. Evitar complicações como cicatriz aderente que podem comprometer a amplitude de movimento do membro envolvido, complicações pulmonares, através de fisioterapia respiratória no pós-operatório imediato. Prevenir trombose e embolia, através de exercícios de contração isométrica e deambulação precoce. Evitar o aparecimento de linfedema através de manobras de linfodrenagem manual, automassagem e ganho total da amplitude de movimento, manutenção da postura corporal adequada e aderência da prótese, pele e fáscia.

Tratamento Cirúrgico
São dois tipos de cirurgia conservadora e não conservadoras:
Conservadora:
Tumorectomia que retira o tumor sem margens; Ressecção segmentar ou setorectomia, retirada do tumor com margens.
Não Conservadoras:
Mastectomia subcutânea, retirada da glândula mamária, preservando-se pele e complexo aréolo-papilar; Mastectomia simples ou total é retirada da mama com pele e complexo aréolo-papilar; Mastectomia com preservação de um ou dois músculos peitorais com linfadenectomia axilar radical modificada; Mastectomia com retirada do músculo peitoral com linfadenectomia axilar.

Radioterapia
Após cirurgia conservadora, deve-se irradiar toda a mama das pacientes submetidas a esse tipo de cirurgia, independente do tipo histológico, idade, uso de quimioterapia e/ou hormonioterapia e mesmo com margens cirúrgicas livres de comprometimento neoplásico.

Quimioterapia
A quimioterapia combinada mais usada é o CMF: ciclofosfamida, metotrexate e 5-fluorouracil (5- FU). Pesquisas mais recentes confirmam um efeito benéfico da terapia adjuvante em mulheres pós menopáusicas e pré-menopáusicas.

A Sociedades Brasileira de Mastologia recomenda que aos 35 anos de idade seja realizada uma mamografia de base; entre os 40 e 50 anos, uma mamografia a cada dois anos; a partir dos 50 anos, uma mamografia anual. Esta recomendação é para mulheres sem fator de risco algum para o câncer de mama23. Apesar de todo o progresso alcançado pela tecnologia, consegue-se apenas diagnosticar lesões mínimas no sentido da detecção precoce, e não a sua verdadeira prevenção.